Com o intuito de oportunizar o aprofundamento dos saberes geográficos e históricos acerca da capital federal, favorecendo o conhecimento por meio do contato direto com diferentes perspectivas de estudo, os estudantes do 8º Ano do Ensino Fundamental participaram de passeio pedagógico, no qual visitaram a superquadra ou “quadra-modelo” de Brasília. Dessa forma, os educandos foram estimulados a relacionar criticamente o conteúdo teórico, já abordado em sala de aula, com aquilo que observavam.
No local, a docente de história, Marcela de Paolis, explicou que aquele é o único conjunto de quadras em que o projeto de Lucio Costa foi realmente executado. Afinal, para o arquiteto e urbanista, uma superquadra deveria ser constituída por quatro quadras residenciais, com edifícios de até seis pavimentos, cercadas por faixas arborizadas de vinte metros de largura e intercaladas por ruas comerciais – características, seguidas à risca, que conferiram à 308 Sul uma urbanização avançada e de valor histórico incontestável. Além disso, a Unidade Vizinhança possui elementos idealizados para atender as necessidades básicas de seus moradores: Jardim de Infância, Escola Classe, Escola Parque, Clube de Vizinhança, Posto de Saúde, Biblioteca, Teatro, Banco e Cinema.
Já na Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima, os estudantes ampliaram sua compreensão acerca do contexto em que o templo religioso, projetado por Oscar Niemeyer e revestido pelos azulejos de Athos Bulcão, está inserido.
No espelho d’água do Jardim Burle Max, localizado em meio aos blocos residenciais também recobertos por Bulcão, os educandos, então, observaram os detalhes dos prédios: janelas grandes de vidro na parte frontal e fundo composto por cobogós – paredes vazadas que permitem maior circulação de ar e entrada de luminosidade. Além disso, foram informados pelos educadores que todas as salas e quartos dos apartamentos são voltados para o sol nascente.
Ainda no espelho d’água, chamado carinhosamente de Laguinho Burle Marx, avistaram as mais de 100 carpas que habitam entre os canteiros de papiros.
Em seguida, como aspirava o arquiteto e paisagista que confere nome ao parque, os educandos sentaram-se perto do anfiteatro, onde desfrutaram de momento de contemplação.
Por fim, seguiram para o Espaço Cultural 508 sul, onde apreciaram as expressões artísticas da cidade, entre elas um painel de street art.